queria que o relógio
não acompanhasse nossos beijos
queria contigo
viver todos os desejos
vejo no teu nome agora a saudade
quando lhe verei oh mocidade?
entrei com as asas quebradas
na volúpia de um sol que começava a despertar
já cansada as minhas asas
sonhavam em ver as tuas voar
oh se está poeira não me afastasse de meu amor
oh se o meu vicio de amar não fosse meu amor
oh grande vicio que só me trouxesse dor
sou a dor e a loucura
que não sabe ter amor ou amizade
sou o yin yang
perdido entre a presença e a saudade
não sei se és por tu ou tua irmã
se és por Atena por pelo deus Pã
mas meu amor de divide em dois
pelo sangue de agora
e pelo sangue do amanhã
serei teu guerreiro
tua espada e teu cavaleiro
seja qual for o estrangeiro que irá lutar
minha vida serás tua, do teu deus serei a armadura
pois sei que com isso meu amor irá se levantar
domingo, 27 de dezembro de 2015
sábado, 26 de dezembro de 2015
Lembra de mim
lembra de mim
pois de ti não lhe esqueço
lembra de mim?
sou aquele cujo sonho não possui endereço
lembra de mim
serei sempre o amor
que jamais irá se esquecer
lembra de mim?
fui aquele que sangrou e a dor dos joelhos jamais se apagou
lembra de mim
no natal fui o sangue de tua familia
lembra de mim?
pois minha promessa dormiu na farropilha
lembra de mim
sou a droga legalizada
lembra de mim?
pela tua alma que um dia foi embalsamada
lembra de mim
pois minha dor de ti não se esquece
lembra de mim?
cujo amor nasceu junto com as outras preces
com isso somos o sonhos do século 21
e a loucura de tempo nenhum
pois de ti não lhe esqueço
lembra de mim?
sou aquele cujo sonho não possui endereço
lembra de mim
serei sempre o amor
que jamais irá se esquecer
lembra de mim?
fui aquele que sangrou e a dor dos joelhos jamais se apagou
lembra de mim
no natal fui o sangue de tua familia
lembra de mim?
pois minha promessa dormiu na farropilha
lembra de mim
sou a droga legalizada
lembra de mim?
pela tua alma que um dia foi embalsamada
lembra de mim
pois minha dor de ti não se esquece
lembra de mim?
cujo amor nasceu junto com as outras preces
com isso somos o sonhos do século 21
e a loucura de tempo nenhum
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Levada pelo vento
Ouço tua voz nesta mensagem
Pedindo para que eu se lembre de ti
Mais o que tu não sabe
É que de ti não posso esquecer
Guardo no cerne do ser uma lembrança
Que ficou de herança
Pela noite do olhar
Outrora foi neblina e retornou
Pairava nebulosa e despertou
Mas agora é nuvem levada pelo vento
É uma imagem de um só momento
...que nunca irá passar
terça-feira, 10 de novembro de 2015
De hoje em diante
Já me masturbei por uma maça em um
quadro,
Me fez gargalhar como um asno
Enquanto minha alma goza da pura
falsidade
Hoje meu aroma repele minha raça
Há quem diga que cai em desgraça
Mas minhas asas de incenso apontam para o
sol
É torpe a voz de minha vontade
Bendito seja o perfume de toda bruxaria
Meu ópio está entre a bússola e a
longevidade
É o louco quem manipula o fogo com
maestria
E se o vento sopra em demasia
Minha sombra me sustenta
Bendita infinda forma de fantasia
Basta-se quem a si esquenta
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Metamorfose
Escuta
a Voz que brota dos teus olhos, voz salgada de doces lábios que nunca lhe
negará um beijo nas horas que teu peito emudecer ou ferver mais que o esperado,
compreenda teus sentimentos e tuas vontades, escute a canção e dance com a melodia
divina que ecoa pelo espaço, melodia tão leve quanto o próprio Deus, Deus este que
também dança. Extraia o mel de cada corte e construa a partir deste o teu
império, não guarde a cicatriz sem antes ter alcançado o cume do teu próprio
monte, não guarde sem antes passar pelas três metamorfoses do espírito e conquistar
a tua inocência.
Houve
Minha alma agora se torce, balança suas chamas como Rintrah no ar carregado, faminta do que o corpo
carece, penas de arco-íris não necessitam de prece, ergo com demasia meus olhos
à procura do que me valha a visão, enquanto a alma dança por entre músculos e veias de sua extensão eu salto para
o segundo circulo de ilusão, neste vale de vento espero que nenhum vento venha
me servir, pois não ei de crer no rei do sonho alheio, oh já posso ver ao longe
Minos e tua serpente vindo a espera de
uma confissão, pobre de ti semi deus e cavalheiro, tem como ofício ser juiz e
porteiro e de tua prisão não pode se libertar, será piada eterna para as
hienas, pois um banho pôde lhe matar, hei de mentir para ti, pois minha
sanidade foi quem enlouqueceu, foi ela quem adoeceu, sucumbiu, não há porque se
confessar, fugi acompanhado de uma canção, que falava de um leão, que se perdeu
para tentar se encontrar, penso, não será este o meu lugar? Um banho no estige
para tentar se lembrar.
Junto a alma o corpo se acalma, pago as moedas e
podemos retornar, saímos da toca do coelho, com todos os segredos, mas de tudo
nada posso me lembrar
terça-feira, 1 de setembro de 2015
NEGA
Em cada taça de vinho
Em cada roda-moinho
Em cada canto sozinho
Fico a lembrar
Uma noite no rio
Uma noite nos viu
Uma noite sorriu
Fico a lembrar
Hoje ao meu peito
O segredo se espalha
No silêncio me fala
“nunca vou lhe deixar”
Salvou-me da morte
Nunca foi sorte
Foi só tua mão
Tirando-me do chão
E me ensinando a andar
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
A máscara do espaço
Vejo seres de sangue ralo
Lambendo a ponta dos dedos,
Procurando o gosto da vida
Já não se diferencia a sombra do reflexo
Será que também sou assim?
A eloqüência se tornou loucura
E acabo de devorar meu próprio cão
Mas uma vez este baile de máscaras
Para comemorar nossa falta de personalidade
Um cavalo, por favor; devo viajar por entre a máscara do espaço
Para tornar-me consciente outro vez
(isso se alguma vez já fui)
O Gatilho
Não importa quantas vezes eu puxe o gatilho
A arma não dispara, despertei de toda ilusão
Fogem-me agora os espíritos
Fogem os demônios e todos os amigos
Da sagacidade a raposa conquista tua coroa
Minha sombra me trás de volta a cada devaneio
Trago nas mãos o perfume de cada dia
Meu ópio é a terra contorna meus pés
Meu prazer é o ócio
Por hora inexistente
O verão aquece, mas não seca minh’alma
A febre ainda me fere ao passar de uma neblina
Faltam-me nuvens para desenhar
Faltam-me nuvens... Falta-me a chuva
Já não me falta nada, pois agora me basto
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Sucumbe o albatroz
Sucumbe o albatroz
E desperta a tormenta
Como a lasca de uma chama se gás
E desperta a tormenta
Como a lasca de uma chama se gás
Nem mesmo a sombra ousa olhar para trás
De sangue ralo
O asno amontoa-se como sarna
O medo reside no sol
Com o sangue aos pés preferem à vela ao farol
Caem dados
E joelhos sobre o chão
Há quem chora implorando a febre
Há quem viva pelo ilusório perdão
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Com o tempo
Envio-lhe abraços
De minha saudade ébria
Antes que minha vida
Também se vá
Envio-lhe devaneios
De uma alma que se esgota
De uma rosa quase morta
Que não quer despertar
O Sátiro e a cobra
Enquanto o Sátiro guia a carruagem do bardo
O coro festeja sobre o fogo
E os asnos aguardam
Histéricos e nus
O dia em que voaram com a loucura
Para o cerne de tua própria chama
A serpente nebulosa agora procura a própria calda,
Pois outrora se perdeu sobre o próprio reflexo
Faz do medo tua bengala
E ao contrário dos cavalos
Ela agora só olha para os lados
A procura do que ainda não perdeu
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Chamas
Com os olhos submersos nas chamas
E a muda canção a dançar
Guiado pela chaga que não inflama
Para a janela que outrora não pôde alcançar
Pela manhã a serpente desperta
A cerimônia já vai começar
Ao espelho se pergunta se a loucura é certa
Pois no seu tímido veneno há o medo de se afogar
No íntimo de sua vontade
É a fera quem controla os ventos
É a fera quem controla os ventos
De tua inata vontade
A beatitude é a maior desgraça
É hora de deixar tua pedra lustrada
O preto e o branco são uma farsa
Não há cores nesta nossa estrada
segunda-feira, 13 de julho de 2015
Saudade de quem
[...]Saudade de quem vai sem se despedir
De quem fita teus olhos e depois sorri
Emudece, pois a alma tem medo de falar
Se oculta, pois a presença pode cegar[...]
domingo, 14 de junho de 2015
Minha casa
Minha poesia agora é livre
E se desprende
Para jamais querer voltar
O regresso há de me matar
Quero negar o anseio de meus lábios trêmulos
Para com os teus lábios
Quero negar os teus lábios
Pois os meus já não anseiam por ti
Reconstruo minha casa
Com paredes de memória
Intocáveis aos teus olhos
Reconstruo meus olhos
Com as paredes de minha casa
Intocáveis as tuas memórias
E se desprende
Para jamais querer voltar
O regresso há de me matar
Quero negar o anseio de meus lábios trêmulos
Para com os teus lábios
Quero negar os teus lábios
Pois os meus já não anseiam por ti
Reconstruo minha casa
Com paredes de memória
Intocáveis aos teus olhos
Reconstruo meus olhos
Com as paredes de minha casa
Intocáveis as tuas memórias
Beira-mar
Nesta terra a beira-mar
Lar daqueles que não deixo de lembrar
Vejo o porquê de tal inspiração
A melodia do vazio restaura o coração
Benditas aquelas pedras que não enxergam o fim
E levam sobre os pés o que me afasta de mim
Ouço vozes que me fazem cantar
Repouso sobre as areias, mas não deixo me levar
Lar daqueles que não deixo de lembrar
Vejo o porquê de tal inspiração
A melodia do vazio restaura o coração
Benditas aquelas pedras que não enxergam o fim
E levam sobre os pés o que me afasta de mim
Ouço vozes que me fazem cantar
Repouso sobre as areias, mas não deixo me levar
sábado, 30 de maio de 2015
Doce encontro
Doce encontro
Perco-me na inexistência do meu eu
Na incerteza, no vago de meu reflexo
Oh meu senhor o que foi que se perdeu?
Onde foi que me perdi?
Ainda me pergunto: porque não morri?
A cada página uma desculpa me preenchia
Minha loucura era vazia
E os dias me cantavam a ilusão
Perdão pela falta de razão
Na trilha volto a me encontrar
Vejo agora no cerne meu lugar
Desfaz-se o casulo a minha volta
Alinha-se a vista quase morta
Do mel daquela lira me fez desperta
Perco-me na inexistência do meu eu
Na incerteza, no vago de meu reflexo
Oh meu senhor o que foi que se perdeu?
Onde foi que me perdi?
Ainda me pergunto: porque não morri?
A cada página uma desculpa me preenchia
Minha loucura era vazia
E os dias me cantavam a ilusão
Perdão pela falta de razão
Na trilha volto a me encontrar
Vejo agora no cerne meu lugar
Desfaz-se o casulo a minha volta
Alinha-se a vista quase morta
Do mel daquela lira me fez desperta
Outrora
Este leito é duro
Mas outrora me arrancava devaneios
Outrora o sol me aquecia
A benção era minha
E não havia demônio a me tocar
Toda esperança é maldita
Todo peito aberto seca
Promessas são desculpas
Saudades são viúvas
Que uma hora o esquecimento há de encontrar
Mas outrora me arrancava devaneios
Outrora o sol me aquecia
A benção era minha
E não havia demônio a me tocar
Toda esperança é maldita
Todo peito aberto seca
Promessas são desculpas
Saudades são viúvas
Que uma hora o esquecimento há de encontrar
Doce encontro
Doce encontro
Perco-me na inexistência do meu eu
Na incerteza, no vago de meu reflexo
Oh meu senhor o que foi que se perdeu?
Onde foi que me perdi?
Ainda me pergunto: porque não morri?
A cada página uma desculpa me preenchia
Minha loucura era vazia
E os dias me cantavam a ilusão
Perdão pela falta de razão
Na trilha volto a me encontrar
Vejo agora no cerne meu lugar
Desfaz-se o casulo a minha volta
Alinha-se a vista quase morta
Do mel daquela lira me fez desperta
Perco-me na inexistência do meu eu
Na incerteza, no vago de meu reflexo
Oh meu senhor o que foi que se perdeu?
Onde foi que me perdi?
Ainda me pergunto: porque não morri?
A cada página uma desculpa me preenchia
Minha loucura era vazia
E os dias me cantavam a ilusão
Perdão pela falta de razão
Na trilha volto a me encontrar
Vejo agora no cerne meu lugar
Desfaz-se o casulo a minha volta
Alinha-se a vista quase morta
Do mel daquela lira me fez desperta
domingo, 29 de março de 2015
Blá Blá Blá
“Não matarás! Não roubarás!” outrora essas palavras eram santas, perante elas se dobravam os joelhos e abaixavam-se as cabeças, mas o tempo para essas “leis” já se foi, as correntes foram quebradas, o hoje é descontrolado e rebelde, não por não seguir estas regras “divinas”, mas por termos perdido a essência de ser humano, respeito, valores, o que são? Estes já se encontram extintos. É necessário olharmos o passado quando buscamos tais sonhos e ainda sim teremos certa dificuldade caso não olhemos muito além, devemos então olhar além do horizonte, com este mesmo olhar podemos perceber o quanto nos tornamos bestiais e toda essa beatitude é apenas uma farsa, perdemos nosso rumo (se é que algum dia chegamos a possuir um) para retornamos a este caminho devemos ser o que não somos assim poderemos fazer alguma diferença quando formos ensinar algo para aqueles que estão a dar os primeiros passos.
Há no mundo muita lama, quer queria, quer não, é a verdade! Mas nem por isso o mundo é um monstro imundo. O que presenciamos nas ruas, avenidas, escolas etc é apenas um reflexo do que criamos, nos tornamos despreocupados e inseguros e agora pagamos um pouco por isso, digo um pouco, pois creio ainda chegaremos a pagar muito mais, e não digo isso de uma maneira religiosa, quando disse para olhamos para nossas escolas me referi ao fato de elas serem mais presídios que locais de aprendizado, grades, cercas e câmeras espalhadas por todos os lados, seriam mesmo necessárias?
Corrigir ou evitar? Há tempos penso desta pergunta e percebo que em meio a toda esta loucura a preocupação maior é corrigir e não fazer o possível para evitar que a desgraça não continue ou mesmo chegue um dia a acontecer e sobre isto me refiro a toda e qualquer desgraça. “Cedo e depressa demais”, é assim o novo tempo e não adianta procurar desculpas ou mesmo o foco deste “problema” e não há um único ponto de culpa e sim uma culpa geral.
Enquanto não despertarmos continuaremos a sonhar na solução de nossos problemas, mas como dito anteriormente: Há no mundo muita lama, quer queria, quer não, é a verdade! Mas nem por isso o mundo é um monstro imundo.
Há no mundo muita lama, quer queria, quer não, é a verdade! Mas nem por isso o mundo é um monstro imundo. O que presenciamos nas ruas, avenidas, escolas etc é apenas um reflexo do que criamos, nos tornamos despreocupados e inseguros e agora pagamos um pouco por isso, digo um pouco, pois creio ainda chegaremos a pagar muito mais, e não digo isso de uma maneira religiosa, quando disse para olhamos para nossas escolas me referi ao fato de elas serem mais presídios que locais de aprendizado, grades, cercas e câmeras espalhadas por todos os lados, seriam mesmo necessárias?
Corrigir ou evitar? Há tempos penso desta pergunta e percebo que em meio a toda esta loucura a preocupação maior é corrigir e não fazer o possível para evitar que a desgraça não continue ou mesmo chegue um dia a acontecer e sobre isto me refiro a toda e qualquer desgraça. “Cedo e depressa demais”, é assim o novo tempo e não adianta procurar desculpas ou mesmo o foco deste “problema” e não há um único ponto de culpa e sim uma culpa geral.
Enquanto não despertarmos continuaremos a sonhar na solução de nossos problemas, mas como dito anteriormente: Há no mundo muita lama, quer queria, quer não, é a verdade! Mas nem por isso o mundo é um monstro imundo.
Meu calmante
Teu beijo é meu calmante
E minha ânsia é a falta dele
A uma chaga inflando a cada partida
Tua sombra é quem se despede
Quando tenho que lhe deixar
O som dos teus passos é somente de ida
A saudade é um doce veneno
Que iludi meus devaneios a cada gole
Viajo nas ondas secas de qualquer mar
Perco-me divinamente a te amar
Teu sorriso é ouro duradouro
E as primaveras não podem lhe tocar
Dói-me deixar-te- ir
Mas vou-me com teu brilho a enamorar
E minha ânsia é a falta dele
A uma chaga inflando a cada partida
Tua sombra é quem se despede
Quando tenho que lhe deixar
O som dos teus passos é somente de ida
A saudade é um doce veneno
Que iludi meus devaneios a cada gole
Viajo nas ondas secas de qualquer mar
Perco-me divinamente a te amar
Teu sorriso é ouro duradouro
E as primaveras não podem lhe tocar
Dói-me deixar-te- ir
Mas vou-me com teu brilho a enamorar
Vinténs aos olhos
Tenho vinténs aos olhos
Caso encontre meu lugar
Na tempestade é à fome quem fala
É a serpente madura que não quer descansar
Tape os ouvidos do medo
Colecione as areias do ar
Seja o cego certeiro
Ou mesmo aquele que não tenta falar
Caso encontre meu lugar
Na tempestade é à fome quem fala
É a serpente madura que não quer descansar
Tape os ouvidos do medo
Colecione as areias do ar
Seja o cego certeiro
Ou mesmo aquele que não tenta falar
Alguma vez
Se alguma vez pedi
Para este amor não morrer
Foi pelo simples desejo de te amar
Ó meu senhor
Este amor é uma farpa, uma corda
Uma faca cega que não corta
E mesmo com isso me agrada
Amar é estar pronto para morrer
E mesmo que os teus ouvidos
Não me deixem dizer
Caio aos teus pés
O teu coração se partiu
Mas meu amor não partiu
Sorriu com a dor da saudade
Dor que me dói e me acalma
Dor que me acolhe a alma
Amor que me aproxima de você
Bendita neblina
Deito-me ao lado da beleza
Mais esta não me amarga
Faz lhe prometer todos os segredos
Bendita neblina que me afaga
A noite não dorme
Agora percorre no badalar dos teus olhos
Fecho-me em devaneios
Mas não deixo de lhe fitar
Escondo-me no orvalho do tempo
E com a dádiva do teu doce fico a lhe esperar
A noite não dorme
Agora respira a imagem dos teus olhos
Meu corpo ainda tremula
O excesso começa a evaporar
Adeus monstros vizinhos
Ao toque do teu piano me deixo levar
O sol já desperta
E teus cachos dizem adeus antes da chuva
Onde secar minh’alma?
O frio da distância começa a me aquecer
Ouço minha sombra no divã
E este monólogo é todo sobre você
Dedicatória
Dedico estes versos para os teus olhos
Para estas auroras que voltam a me despertar
Aprendi nestes quatrocentos e tantos dias
Que não posso viver do luar
Preciso do teu sol
Como o navio do farol
Para saber onde está
Tu és minha bússola, meu eixo
E mesmo sem teu beijo
Sei que somente tu pode me salvar
Neblina nebulosa
Neblina nebulosa
Que surgiu com a aurora
A criar os devaneios
Bendito mistério
Que se mostra sem face
Aos delírios passageiros
Maldito seja oh poeta
Pois o orvalho dos teus olhos
Não podem lhe despertar
O excesso do teu sangue não lhe conserva
E o veneno desta névoa
Só tende a lhe purificar
Que surgiu com a aurora
A criar os devaneios
Bendito mistério
Que se mostra sem face
Aos delírios passageiros
Maldito seja oh poeta
Pois o orvalho dos teus olhos
Não podem lhe despertar
O excesso do teu sangue não lhe conserva
E o veneno desta névoa
Só tende a lhe purificar
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