segunda-feira, 31 de agosto de 2020

caminho da luz

Brindo as doses de sol que a noite me serve em seu conta gotas de cristal
Saboreio as estrelas seguindo sombras no caminho da luz 
A penumbra já não é mais minha campa
O mel desnatado de minhas abelhas ilusórias não é mais meu alimento, é o astro quem me levanta...

Enquanto viver

Enquanto viver não quero nenhum anjo ou demônio ao meu entorno Carpindo o que brota de mim ou o que deixo para trás, e quando morrer se houver olhos que ainda queriam me ver, não reguem minha campa e nem mesmo meu sepulcro, apenas deixem-me ir em paz...

sábado, 22 de agosto de 2020

Os raios do amanhã.

buscarei na fumaça do meu cigarro a trilha do inimáginavel,
que as páginas do meu diario fúnebre se queimem com a brasa do meu ópio,
que as nuvens possam refletir meu reflexo apagado onde haja céu
e eu possa me banhar com os raios do amanhã.
 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Madeixas anis


No céu longínquo de madeixas anis ilusórias
Respostas tardias ainda febris palpitam a chaga do ser sem semblante
Há lugares onde não está
A esmo olhares perdidos se perdem 
E por entre teus quadros nas redes das falsas aranhas 
Busco saciar minhas entranhas Fitando olhos que não podem me ver
Há sempre um lugar onde você está
Mas quando o sol nascer na noite
E o luar florescer em diamantes
O reflexo na água despertá
E enfim lá você estará