Com os olhos submersos nas chamas
E a muda canção a dançar
Guiado pela chaga que não inflama
Para a janela que outrora não pôde alcançar
Pela manhã a serpente desperta
A cerimônia já vai começar
Ao espelho se pergunta se a loucura é certa
Pois no seu tímido veneno há o medo de se afogar
No íntimo de sua vontade
É a fera quem controla os ventos
É a fera quem controla os ventos
De tua inata vontade
A beatitude é a maior desgraça
É hora de deixar tua pedra lustrada
O preto e o branco são uma farsa
Não há cores nesta nossa estrada