Sonhos de uma mariposa sobre o sol: agosto 2011

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Domingo

E as estrelas desabam do céu para me visitar

Com um brilho tão apagado quanto o dos meus olhos

Que já cegos de loucura atrapalham meu pensar

Dor cruel está do coração que mesmo enchido pela chagas

Contando as ultimas horas de vida

Cresce mais e mais esquecendo a ferida

Pensando em você agora como ultimo desejo

E lembrando do teu maravilhoso beijo

Parto para seja onde for!

Oriental 2

A saudade aumentando a cada segundo

E no estomago a dor maior do mundo

Acompanhada da melhor sensação

De poder ter teus versos aqui na minha mão

E poder te amar mais a cada raiar do sol

Oh minha flor oriental,oh meu amor sem igual

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Yumi 2

E mesmo nesta noite onde apenas se ouve o som dos gatunos

Ando livremente com o maior e único desejo sobre a mente

Posso sentir o teu beijo só de respirar

Fechar os olhos só faz mais eu querer te amar

E o medo não é medo e sim uma flecha sob o peito

Querendo a alma alcançar

Pela mão que escreve estes versos para ti

Posso sentir o coração palpitar

Tão sóbrio como estou e com você quero estar

Agora lhe digo minha flor estou querendo loucamente te namorar!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Deusa da morte

Só tu oh deusa da morte

Faz meu seio palpitar

Jogais tuas plumas em meu leito

E esperarei o sepulcro chegar

Es bela aquela que amo

Cujo as flechas não posso acertar

Jogais tuas plumas em meu leito

E esperarei o sepulcro chegar

Se me vir ao monte

Não exite em me beijar

Abraçar meu campo é como me acariciar

Só tu oh deusa da morte

Pode me levar, para o caminho onde as rosas

São belas e podem eternamente descansar

Em você

Tristes são as aves que nao podem voar

Triste minha chama que logo vai se apagar

E eu morro sem você minha bela flor

Morro sem lhe dizer o quanto amo você

E me culpo pelo tempo que lhe fiz esperar

Mas é por você meu amor, é em você onde meu coração está

Hoje em meu leito com os lábios cortados

Sobre as lagrimas destes olhos inflamados

Meu amor eu só queria tela junto a mim

Não para beija-la ou ao menos toca-la

Mais para ouvir tua doce voz, e poder mostrá-la

Quão grande es meu amor por ti,

Mais a doença quer tira-la de mim

Mais não será ela nem mesmo uma “criatura” amarela

Pois meu coração es um reino habitado por serenatas

E a rainha es ti meu amor...a rainha es ti...

É cedo para lhe amar?

Não existe sentimento como esse

Do voar das aves,do palpitar do coração

A beleza da vida mais a força do tufão

Que ergue a terra,e lhe transforma em canção

Derramando lagrimas que me fazem perceber

Mas que es ti minha paixão

O ponteiro marca três horas

E teu perfume vem e me encanta

A mocidade florescendo sobre a rampa

Tenta lembrar frases da noitebranca

Exclamando versos para ti

Mas quem es ti ? minha paixão

E que a qualquer hora teus cachos me levem

Para que possamos ver as estrelas e o luar

Para que o mar traga a vida, para a vida que precisa amar

A torre que produz os sonhos está prestes a mostrar-me

O som da felicidade do meu ser

Pois agora sei quem tu es...meu amor

Angélica 3

Eu poderia me por em uma casca de noz

E ser rei de ilimitado espaço

Poderia atirar-me do mote mais alto

e morrer pedindo o teu abraço

pois me falta coragem de lhe o que mais quero

até o próximo amanhecer eu irei lhe dizer

ou irei morrer pensando...

eu amo você

sábado, 20 de agosto de 2011

Yumi

E me lanço neste tornado

Que com os olhos tão puxados

Quanto os teus

Arrasta-me sobre o vale que jurei não voltar

Flor que voa e desperta o meu olhar

Flor que faz novamente meu coração palpitar

Sob a estrada branca faço esses versos para ti

Com os olhos tão despertos ainda vejo o luar sob mim

E recitando este poema te quero junto a mim

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Poeta mentiroso

O poeta mentiroso mentiu para ti oh bela jasmim

E de tanto mentir morreu a lhe amar

Mais puro como todas todas as noivas em seu altar

E beijando a fronte da tristeza

Pos teu próprio coração sobre a mesa

e tú cruel como es pos ele em teus pés

E hoje desfila vendo o pobre chorar

sábado, 13 de agosto de 2011

Nuvens brancas

E a lua que agora volta a me guiar

Tão clara e tão bela quanto o teu olhar

E as nuvens brancas como tua pele

Mostram o teu rosto sobre o mar flutuante

Tão repleto de beleza que cega o poeta errante

Que anda sobre o vale da morte

A procura de uma estrela

Que me guie ao paraíso

Onde voce está a repousar

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Lareira

Inteligência exuberante

Contagiando todos a cada instante

Mostrando uma face que acho não ser a tua

Mais tão bela quanto a invejosa lua

Ariana em seu próprio mundo

Ao qual vislumbro tentando entender

Grande coração de giz de cera sobre o lançou de poeira

E que me mostra todas as noites como é bom ter a própria lareira

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Rouxinol

Rouxinol que canta em sonhos meus

Voando livremente por um vasto campo

Derramando sobre mim todo o seu encanto

E fazendo que eu acorde,

Com a imagem do teu sorriso,

Com uma dor no peito que a cada batida me torna mais vivo

Regozijo ao saber que posso lhe ter

Mesmo que seja na janela da minha imaginação,

E a lua chega cheia de emoção

Fechando os meus olhos cantando tua canção

Para cada vez mais a fundo do meu pobre coração

Arthur Rimbaud

Era um recanto onde um regato canta Doidamente a enredar nas ervas seus pendões De prata; e onde o sol, no monte que suplanta, Brilha: um pequeno vale a espumejar clarões. Jovem soldado, boca aberta, fronte ao vento, E a refrescar a nuca entre os agriões azuis, Dorme; estendido sobre as relvas, ao relento, Branco em seu leito verde onde chovia luz. Os pés nos juncos, dorme. E sorri no abandono De uma criança que risse, enferma, no seu sono: Tem frio, ó Natureza – aquece-o no teu leito. Os perfumes não mais lhe fremem as narinas; Dorme ao sol, suas mãos a repousar supinas Sobre o corpo. E tem dois furos rubros no peito.

Allen ginsberg

Eu vi os expoentes de minha geração destruídos pela loucura, morrendo de fome, histéricos, nus, arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada em busca de uma dose violenta de qualquer coisa, "hipsters" com cabeça de anjo ansiando pelo antigo contato celestial com o dínamo estrelado da maquinaria da noite, que pobres, esfarrapados e olheiras fundas, viajaram fumando sentados na sobrenatural escuridão dos miseráveis aparta- mentos sem água quente, flutuando sobre os tetos das cidades contemplando jazz, ...

Castro alves

O laço de fita Não sabes, criança? 'Stou louco de amores... Prendi meus afetos, formosa Pepita. Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?! Não rias, prendi-me Num laço de fita. Na selva sombria de tuas madeixas, Nos negros cabelos da moça bonita, Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem, Formoso enroscava-se O laço de fita. Meu ser, que voava nas luzes da festa, Qual pássaro bravo, que os ares agita, Eu vi de repente cativo, submisso Rolar prisioneiro Num laço de fita. E agora enleada na tênue cadeia Debalde minh'alma se embate, se irrita... O braço, que rompe cadeias de ferro, Não quebra teus elos, Ó laço de fita! Meu Deusl As falenas têm asas de opala, Os astros se libram na plaga infinita. Os anjos repousam nas penas brilhantes... Mas tu... tens por asas Um laço de fita. Há pouco voavas na célere valsa, Na valsa que anseia, que estua e palpita. Por que é que tremeste? Não eram meus lábios... Beijava-te apenas... Teu laço de fita. Mas ai! findo o baile, despindo os adornos N'alcova onde a vela ciosa... crepita, Talvez da cadeia libertes as tranças Mas eu... f ico preso No laço de fita. Pois bem! Quando um dia na sombra do vale Abrirem-me a cova... formosa Pepital Ao menos arranca meus louros da fronte, E dá-me por c'roa... Teu laço de fita.

Lord Byron

Quando o tempo me houver trazido esse momento, Do dormir, sem sonhar que, extremo, nos invade, Em meu leito de morte ondule, Esquecimento, De teu sutil adejo a langue suavidade! Não quero ver ninguém ao pé de mim carpindo, Herdeiros, espreitando o meu supremo anseio; Mulher, que, por decoro, a coma desparzindo, Sinta ou finja que a dor lhe estará rasgando o seio. Desejo ir em silêncio ao fúnebre jazigo, Sem luto oficial, sem préstito faustoso. Receio a placidez quebrar de um peito amigo, Ou furtar-lhe, sequer, um breve espaço ao gozo. Só amor logrará (se nobre à dor se esquive, E consiga, no lance, inúteis ais calar), No que se vai finar, na que lhe sobrevive, Pela vez derradeira, o seu poder mostrar. Feliz se essas feições, gentis, sempre serenas, Contemplasse, até vir a triste despedida! Esquecendo, talvez, as infligidas penas, Pudera a própria Dor sorrir-te, alma querida. Ah! Se o alento vital se nos afrouxa, inerte, A mulher para nós contrai o coração! Iludem-nos na vida as lágrimas, que verte, E agravam ao que expira a mágoa e enervação. Praz-me que a sós me fira o golpe inevitável, Sem que me siga adeus, ou ai desolador. Muita vida há ceifado a morte inexorável Com fugaz sofrimento, ou sem nenhuma dor. Morrer! Alhures ir... Aonde? Ao paradeiro Para o qual tudo foi e onde tudo irá ter! Ser, outra vez, o nada; o que já fui, primeiro Que abrolhasse à existência e ao vivo padecer!... Contadas do viver as horas de ventura E as que, isentas da dor, do mundo hajam corrido, Em qualquer condição, a humana criatura Dirá: "Melhor me fora o nunca haver nascido!"

Fernando Pessoa

Segue o teu destino, Rega as tuas plantas, Ama as tuas rosas. O resto é a sombra De árvores alheias. A realidade Sempre é mais ou menos Do que nós queremos. Só nós somos sempre Iguais a nós-próprios. Suave é viver só. Grande e nobre é sempre Viver simplesmente. Deixa a dor nas aras Como ex-voto aos deuses. Vê de longe a vida. Nunca a interrogues. Ela nada pode Dizer-te. A resposta Está além dos deuses. Mas serenamente Imita o Olimpo No teu coração. Os deuses são deuses Porque não se pensam.

Shakespeare

Ri das chagas quem jamais foi ferido, Mas… devagarinho! Qual é a luz que brilha através daquela janela? É o oriente, e Julieta é o Sol. Ergue-te, ó Sol resplandecente, e mata a Lua invejosa, que já está fraca e pálida de dor ao ver que tu, sua sacerdotisa, és muito mais bela do que ela própria. Não queiras mais ser sua sacerdotisa, já que tão invejosa é! As roupagens de vestal são doentias e lívidas, e somente os loucos as usam. Deita-as fora! Esta é a minha dama! Oh, eis o meu amor! Se ela o pudesse saber! Está a falar!... Não, não diz nada; mas isso que importa? O seu olhar é que fala e eu vou responder-lhe… Sou ousado de mais; não é para mim que ela fala. Duas das mais belas estrelas de todo o firmamento, quando têm alguma coisa a fazer, pedem aos olhos dela que brilhem nas suas esferas até que elas voltem. Oh! Se os seus olhos estivessem no firmamento e as estrelas no seu rosto! O esplendor da sua face envergonharia as estrelas do mesmo modo que a luz do dia faria envergonhar uma lâmpada. Se os seus olhos estivessem no Céu, lançariam, através das regiões etéreas, raios de tal esplendor que as aves cantariam, esquecendo que era noite. Vede como ela encosta a face à sua mão. Oh! Quem me dera ser a luva dessa mão, para poder tocar a sua face.