terça-feira, 18 de julho de 2017

A sombra

A sombra me segue,
Mas não repete o que faço,
É um fantasma
Um prisioneiro escasso
Que mesmo seguindo meus passos
Possui o valor das tuas próprias vontades
 
O reflexo de minha sombra
É uma nódoa sem expressão
Mas diferente de mim possuiu coração
E não desaba quando sente o vento passar

Por de baixo da carne

Por de baixo da carne
Ainda reside a ferida do ser
As lágrimas ainda coagulam o sangue
Algo ainda quer perecer

Banho-me da seiva da abobada
Mas os raios me cegam
Perco-me na inexistência existente
Pois as dores me cercam

Do inferno sou porteiro
Pois o céu me fechou as portas
E nessas horas é melhor despertar

Mesmo que os braços estejam ausentes
Os laços são presentes
E bem maior não há