Salgada pele dos sonhos de veludo
Aos devaneios de um poeta mudo
Que lhe fita de fora do mundo
Para que o calor de tua estrela possa sempre admirar
Enamorado do que não se pode ter
Sem a insistência de um lindo bebe
Que quebra a corrente por aquilo que quer
Ampola de orvalho que regressa
E as manhas que despertam com pressa
E passam o dia roendo o pouco de unha que lhe resta
Pois não vêem a hora da divina lua se deitar
Estrela terrestre que outrora não se lembra do que fez
Saiba que ao menos uma vez um velho espelho pode lhe ajudar