quarta-feira, 31 de julho de 2013

17:30 18:00

O relógio do meu cerne possui agora sempre há mesma hora
Possui a eterna dor de quando você ia embora
Maldita hora que não pode voltar
Maldita hora que não quer passar

Hora que agora se levanta quando o sol desperta
Hora que não me liberta
Monopoliza-me com a monotonia do seu som,
Vazio estou por dentro como o vento que não pode soprar
Vazio estou por completo como Romeu sem ter o que amar

Agora o que me resta é lembrar
Lembrança que me faz palpitar

Ainda lembro-me de quando éramos como loki sobre a densa fumaça
De quando íamos fundo sem se importar com a desgraça
De tuas frases desfilando sobre as linhas,
De tua voz que de longe vinha, vinha e me fazia pensar
pensava no infinito e esquecia de chorar 
Mas isto nem mesmo a distancia ou o “velho senhor” pode mudar
Não pode nem mesmo da historia apagar

Nossos risos ainda são como devem ser,
Risos mudos rindo de nossos próprios risos
Risos muitas vezes maiores que nossos próprios sorrisos

terça-feira, 23 de julho de 2013

As palavras

Tuas palavras não podem ser contadas ou medidas
São Infindas como as palavras que caço em meio ao espaço
Para lhe dizer quão grande tu és

Foi em meados de setembro quando lhe conheci
Nem a escuridão a volta me ofuscava a visão
Foi como ver através do teu coração
Um presente dos deuses, guardada como pérola, como jasmim.

O teu fardo de lágrimas não a impede de voar
Voa, voa de par em par
E ainda sobra tempo para se importar
Com quem nem mesmo a terra se importa,
Tu vais de porta em porta
Erguendo sorrisos as faces tortas,
E dando razões as almas que se achavam mortas

Tu és água para quem tem sede
É sol para quem tem frio
Vil são os que passam e não se lembram
Da grandeza dos teus olhos refletidos sobre os rios

Queria ser um ombro para ti
Como a oração é para os deuses,
Apagar a ultimas vozes que ouvi
Só pra te ouvir mais algumas tantas vezes

Tuas palavras são como nuvens,
E não importam de onde vem
Nunca trazem desdém

domingo, 21 de julho de 2013

Basta

Ave veloz, albatroz feroz
Asas flamejantes cortam o céu,
Penas douradas, frente a alvorada
Aceita o moribundo ser agora um menestrel

O perfume toma agora teu verdadeiro ama
A um passo de ter completo
Longe agora do velho deserto
Sobre a chaga a rosa desperta do coma

A taça se ergue em meio as trevas
Sem bolo, sem choro,
Sem a espada que alegrava o coro,
Mas ainda sim bebendo do veneno dos santos e das feras

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Escudo em brasa

O cata-vento nunca falha
Mas tudo que é tudo se espalha,
Cão que quer ser lobo chora
Lágrima que quer ser chuva evapora

Pedem para eu abrir as nuvens e fechar o véu,
O que farei nestas noites sem te aurora?
Sem o teu doce mel

Querem beijar do teu beijo,
Assassinar o meu desejo,
Deixar-me enfermo, sem um céu pra me apoiar

Dizem serem irmãos, mas Tapam-me os olhos,
Roubam-me a chama dos frondosos,
Fogosos impiedosos,
Quero que cuspam minha carne e se engasguem com meus ossos

Podem apagar o meu nome da areia e das árvores
Amara-lo a toneladas e lança-lo aos mares
Mas ele sempre existira
Gaia e poseidon sempre iram lembrar
Poeta cuja vida (morte) foi somente a lhe amar
Amor maior que a mãe terra e o rei  do mar

Nunca é cedo

Estripador do próprio reflexo e da própria alma
Verme suicida, solitário e sem carma,
Fugitivo da multidão que agora alarma
Multidão que ordena morte ao morto e não possui mais calma

Fracasso generalizado nestes “muitos eu”
Escalando sola-sola a rampa
Jogando a lagrima seca sobre a rampa
Destino merecido para u poeta fariseu

A pele inflama, e pelas areias não posso voltar,
A dor é tanta, mas somente a mesma irá me consolar,
Navegarei ao lado do embarcador engasgado com desculpas
E junto a enfermos carregarei pela eternidade o peso desta infinita culpa

O poeta e a morte

Dai-me a tua foice, pois é chegada a hora,
você há teve o tempo todo, agora me entregue vou-me embora,
tudo que fez foi apenas se arranhar
como diz o seu povo "a vida és bela”
agora vá, vá viver pra lá

mas porque choras poeta?

Se está vida é tão bela pode levar,
aproveitas e levas contigo
dois corações, o sol e o luar
leva também as cores para colorir o teu limbo
E se eu nascer de novo, por favor, me leve já de menino

Se o que queres é partir
Atenderei a tua vontade
Mas saiba que jamais veras novamente a tua cidade
E perdera o teu prazer de rir

“Viveras a ouvir” os gritos de “nunca mais”
Sentira todas as dores e muito mais

Cala-te agora mesmo
E leve-me sem mais demora,
O sofrimento e o poeta precisão ir agora

Abaixe tua cabeça e do teu pedido não se esqueça
E que no teu funeral nem chuva nem aurora apareça


sábado, 13 de julho de 2013

Hei de te honrar

Pedido de ajuda para a dama deixar de “beijar”
Peço-lhe desculpas por ainda sim escondido da fragrância enamorar
Irmã que crava batalhas e pedidos por mim
O cerne de meu coração chorar por mentir
Tu és sangue injetado em minhas veias
Anjo da guarda de noites alheias
Queria honrar minha promessa,
Queria secar minh’alma em chuvas como essa

Montado no cometa que me despedaça a cada “trago”
Matando eu, eu mesmo, a cada noite um novo estrago,
Em todas elas uma coisa em comum
Você presente diferente de qualquer um
Amigo, irmão, um dia irei lhe honrar,
E saiba que mesmo no limbo
Minha espada e se for preciso minha vida
Novamente hei de por te entregar

Primeiro grão

Ao primeiro grão gloria e muita festa
Se me lembro bem era uma tarde como está
Amava o amor de forma surreal
Mas como todos partem e nos partem
Partiu como um dente de leão, rugindo para sua terra natal

E como quem navega está sujeito a naufragar
Estive eu perdido ao novamente lhe ouvir cantar
Canto que enxuga meu pranto
Mas bem lá no canto quer me controlar

Bruxa, sereia, maldição
Além de levar minha carne ainda quer meu coração
Pode cantar por mil anos, sei que nunca mais irei lhe ouvir
A tua falta de coragem me fez querer partir

Agora voou livre,
E nem mesmo o teu quadro mudo me trás ilusão
Voou com o que restou de mim, para minha salvação

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Passaro imortal

Não nasceste para morrer oh pássaro imortal
A chaga que amola o teu peito és apenas um dos passos na estrada
tédio e inspiração,borboletas no estômago,cabeça e no segundo coração!!!