segunda-feira, 15 de julho de 2013

O poeta e a morte

Dai-me a tua foice, pois é chegada a hora,
você há teve o tempo todo, agora me entregue vou-me embora,
tudo que fez foi apenas se arranhar
como diz o seu povo "a vida és bela”
agora vá, vá viver pra lá

mas porque choras poeta?

Se está vida é tão bela pode levar,
aproveitas e levas contigo
dois corações, o sol e o luar
leva também as cores para colorir o teu limbo
E se eu nascer de novo, por favor, me leve já de menino

Se o que queres é partir
Atenderei a tua vontade
Mas saiba que jamais veras novamente a tua cidade
E perdera o teu prazer de rir

“Viveras a ouvir” os gritos de “nunca mais”
Sentira todas as dores e muito mais

Cala-te agora mesmo
E leve-me sem mais demora,
O sofrimento e o poeta precisão ir agora

Abaixe tua cabeça e do teu pedido não se esqueça
E que no teu funeral nem chuva nem aurora apareça


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