terça-feira, 23 de julho de 2013

As palavras

Tuas palavras não podem ser contadas ou medidas
São Infindas como as palavras que caço em meio ao espaço
Para lhe dizer quão grande tu és

Foi em meados de setembro quando lhe conheci
Nem a escuridão a volta me ofuscava a visão
Foi como ver através do teu coração
Um presente dos deuses, guardada como pérola, como jasmim.

O teu fardo de lágrimas não a impede de voar
Voa, voa de par em par
E ainda sobra tempo para se importar
Com quem nem mesmo a terra se importa,
Tu vais de porta em porta
Erguendo sorrisos as faces tortas,
E dando razões as almas que se achavam mortas

Tu és água para quem tem sede
É sol para quem tem frio
Vil são os que passam e não se lembram
Da grandeza dos teus olhos refletidos sobre os rios

Queria ser um ombro para ti
Como a oração é para os deuses,
Apagar a ultimas vozes que ouvi
Só pra te ouvir mais algumas tantas vezes

Tuas palavras são como nuvens,
E não importam de onde vem
Nunca trazem desdém

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