quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A cereja e o touro

A distância agora é fria
E o touro do teu cosmo não se move
Não canta mais aos montes
Nem bebi mais destas fontes
Mas porque ó vento?
Porque deixou de soprar?

Em teu mundo á uma cereja que ainda se comove,
É o tempo que lhe ocupa o próprio tempo
É este mal tempo que tudo lhe devolve

A maldição é uma sina nas trilhas dos passos
Mas assim como os laços pode se moldar

Já se foram as notas salgadas
Mas as pessoas “amadas”
Encontram-se ainda sobre o mesmo lugar
Ontem, hoje e sempre como diz o ditado
E nem mesmo o pedido de um santo enlatado
Ira mudar
A canção ainda ecoa na mente
Do trovador descrente
Que só quer sobre a margem do teu doce ouvido
Novamente a vida escutar

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Noite festa e fantasia

Foi ontem à noite que não sorri
Quero esquecer o que não me lembro
Sem ter que dormir
Quero também me desculpar pela magia
Pela noite, festa e fantasia
Que meu personagem não soube compartilhar,
Absolver-me por pensar
Pois o lar dos monstros é meu lar,
Desculpar-me, pois amistosos consanguíneos me transformam,
Desculpar-me, pois os venenos da taça me deformam,
Desculpar-me, pois a desculpa cansa.

Que se vá

O anseio se perdeu em seus primeiros passos
Desataram-se os laços antes mesmo de eu ver,
Afogar-me-ei em meu pranto
Para o inferno todo encanto
E que os anjos morram de fome
Se dependerem de meu alimento

Quero de volta minha penumbra
E que se cale voz diurna
Pois aqui não é mais o teu lugar,
Também quero que se feche sobre o eco do teu silencio
Que se apague com a luz do teu limbo
Que se vá como um lobo para não mais voltar

Bel-prazer

Os cães emudeceram,
As correntes dissolveram,
O fado é a inexistência,
O bel-prazer é o ponto

E o ponto corre livre no sopro da fabula
Não presume mais, agora só fala
Mas ainda tem na clemência uma carência
Uma lembrança daquilo que partiu
Sem ao menos agradar o luar

Mas quando se olha as ondas do pranto
Certas vezes vê se o oriente no canto,
Na fogueira das letras falsas,
Ao som de um anseio fúnebre,
A beira da fenda de tua extinção

sábado, 19 de outubro de 2013

Dançam as borboletas

Dançam as borboletas com a suavidade do leão
Os dentes navegam como sempre
Por entre as ondas que nos transbordam o peito
Vai levando tudo no mais fino dos teus fios
Com uma historia tão curta como o nosso agora
E nesta hora tudo brilha lá fora
Reluz nas ondas do astro
E os “pequenos” são conduzidos pelo que já me é “velho”
No oitavo andar o trovador guarda tudo na ultima gaveta
Para um dia sobre os trovoes libertar os teus sonhos

Não se cala (a voar)

Guarda meu pranto no recanto
Que de ti não se separa
A voz sobre o eco não se cala
E o que fala? Oh, somente a “alma” pode saber
Não me desperto pelo astro
Mas pelo teu vasto moinho,
E o caminho é na alvorada o teu “bom dia”
Oh, como é triste o “dia” quando ainda estas a me alcançar

Nossas “batalhas” seriam falhas ou saudade?
Pois carrego uma “mocidade” semelhante a tua
A cada “tapa” o sorriso escala minha face
E se os elementos falassem?Oh, creio que diriam: 
É o gênio do coração a degelar a “emoção”
Frágil como um dente de leão a voar
A voar...

domingo, 6 de outubro de 2013

O ponto

Este êxtase se que esconde no secreto dos teus olhos
Uma nódoa segredo
Uma marca da imensidão no cerne da alma
Um laivo de mistérios
Reflexo de uma vidraça derradeira
De uma mocidade mulher e guerreira
Semente de gaia semeada no mar

Não tenha raiva ou vergonha
Deste ponto arcano
Ele não é uma maldição ou um ser tirano
Pois tudo acima do meio é puro
Bendita seja a perfeição em tua forma perfeita
Bendita seja a tua forma

A dor de outrora

A dor que outrora lhe cortava os pulsos
Agora é um arco-íris que lhe colori a face
Teus sonhos e vontades retornam,
Beijando a tuas mãos,
Fato é que nunca se foram
Apenas adormeceram sobre o teu coração

Tuas lagrimas agora possuem força e coragem
Não existe mais sofrimento,
No lugar agora a um o canto que move nações
Tu és agora uma chave para o cadeado dos corações
Tu és...

Nem mesmo a beleza e a essência de tudo que és infinito
Possui tal grandeza quanto o teu ser
Tu és a maior das maravilhas
É a filha de todas as filhas
Tu és a união de toda perfeição
Uma estrela sobre a terra a viver

Quando

Quando todas as "coisas boas" tomarem tua verdadeira forma veremos que gostamos, nos maravilhamos apenas com a desgraça
Quando paramos de criar devaneios e acordarmos para o "mundo real" veremos que tudo é mal, temos prazer pela dor,  pela maldade,o verdadeiro motivo de nos "transformarmos" é a dor, o verdadeiro motivo de fazermos o que fazemos é a maldade.
Oh o "amor" o que dizer deste ditador egoísta que é, um imperador de sonhos e ilusões, queremos "algo" e nunca o "alguém", este é apenas uma anedota, uma divindade
As "sombras" e os "ombros" também possuem parte nisto, estas duas peças são se não uma porta para a cobiça, uma porta para tudo...tudo que nos destrói
uma catapulta que nos lança, mas para onde? cada um tem a tua sina, cada um tem o teu lugar