sábado, 30 de maio de 2015

Doce encontro

Doce encontro

Perco-me na inexistência do meu eu
Na incerteza, no vago de meu reflexo
Oh meu senhor o que foi que se perdeu?
Onde foi que me perdi?

Ainda me pergunto: porque não morri?
A cada página uma desculpa me preenchia
Minha loucura era vazia
E os dias me cantavam a ilusão
Perdão pela falta de razão
Na trilha volto a me encontrar
Vejo agora no cerne meu lugar 
Desfaz-se o casulo a minha volta
Alinha-se a vista quase morta
Do mel daquela lira me fez desperta

Outrora

Este leito é duro
Mas outrora me arrancava devaneios
Outrora o sol me aquecia
A benção era minha
E não havia demônio a me tocar

Toda esperança é maldita
Todo peito aberto seca
Promessas são desculpas
Saudades são viúvas
Que uma hora o esquecimento há de encontrar

Doce encontro

Doce encontro

Perco-me na inexistência do meu eu
Na incerteza, no vago de meu reflexo
Oh meu senhor o que foi que se perdeu?
Onde foi que me perdi?
Ainda me pergunto: porque não morri?
A cada página uma desculpa me preenchia
Minha loucura era vazia
E os dias me cantavam a ilusão

Perdão pela falta de razão
Na trilha volto a me encontrar
Vejo agora no cerne meu lugar
Desfaz-se o casulo a minha volta
Alinha-se a vista quase morta
Do mel daquela lira me fez desperta