Quem ama desperta junto ao sol
Para fitar a vida nos olhos da aurora
Afoga em Apolo dores de outrora
Enquanto o crepúsculo longínquo acalma o arrebol
Quem ama dorme sobre o seio da noite
Cobrisse com o véu do luar,
Faz das estrelas vaga-lumes
E das pedras um leito pra repousar
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Poema
Tenho em meu armário
Amores diversos de diversos amores
Dores fingidas, inventadas muitas vezes
Por homens de minha tribo
Mas ainda sim lindas como os verbos que as rodeiam,
Alguns distantes como meus anseios
Outros tão “perto”,
Tão perto quanto os raios que queimam agora minha febre,
Tento por meio destes tantos me encontrar
Mesmo que seja por um instante sequer,
Tento entender tuas dores
Para talvez entender as minhas,
Compreender os teus amores
Para talvez então compreender os meus
Mesmo aqui, longe de todos eles
Posso ouvi-los claramente
Com uma eloquência comparada
Ao sopro divino de um “deus”,
Posso vê-los com toda volúpia
Libertando-nos, nos descrucificando para toda a “realidade”,
Com seus anseios torpes
Alimenta os corações
Abre-nos as portas
Traz-nos a vida como vida,
Enquanto nos ensina
Que toda paixão é sofrida
E todo amor deve ser amado
domingo, 1 de dezembro de 2013
Parte de ti
Quando parte
Parte de tua parte,
A minha também se parte
Vai como o leão que se soltou
O rouxinol que voou
Para onde outrora se olhou
A luz do farol agora guia
Na cidade que nunca é fria
A raiz que junto a ti sobre montes via
Nuvens de mil faces a voar
Sonhos mútuos a sonhar
Sobre teu peito este amor sempre vai morar
Esta dor pode nunca lhe deixar
Mas sei que teu amor será eterno a amar
Segure teu sorriso jasmim,
Se for preciso solte seus olhos para mim
O pranto é o ponto e não o fim
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