Pois o sono do poeta já não dorme
Delira no hino da lira do teu suspirar
Dança no vácuo, no breu
De sonhos brilham os olhos do ilusório Odisseu
Que vai amando o amor que dorme para logo despertar
Oh, mas mesmo sem tempo o tempo passa
A despedida dói, pois a lâmina é escassa
E o anseio começa muito antes do luar
Que o sol não tarde, que a chuva não nos veja
Que teus sonhos sejam intensos e em seus olhos sempre esteja
Pois em cada suspiro teu o poeta pode enfim repousar