terça-feira, 25 de abril de 2017

No hino da lira

Durma meu anjo,
Pois o sono do poeta já não dorme
Delira no hino da lira do teu suspirar
 
Dança no vácuo, no breu
De sonhos brilham os olhos do ilusório Odisseu
Que vai amando o amor que dorme para logo despertar
 
Oh, mas mesmo sem tempo o tempo passa
A despedida dói, pois a lâmina é escassa
E o anseio começa muito antes do luar
 
Que o sol não tarde, que a chuva não nos veja
Que teus sonhos sejam intensos e em seus olhos sempre esteja
Pois em cada suspiro teu o poeta pode enfim repousar

quarta-feira, 5 de abril de 2017

No sangue o vermelho

Feri os olhos da ignorância
Para sorrindo cavalgar no que antes era meu fardo
A depressão nos olhos da massa
É a mesma em qualquer canto do mundo
Mas aos meus olhos flamejam e reluzem,
Pois aceitei ser melhor que ela
Superei
Hoje os campos daquela flor não me remetem a nada
São apenas flores cujo aroma desconheço
Minha heroína é quem amo
Carrego no sangue o vermelho que não me esqueço