terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Noite

somos o pesadelo, e se não não somos devemos ser,
devemos amar a ponto de negar o que amamos,
negar o que amamos para ser o ponto de nosso próprio ser

Sonho de mocidade


Queria eu ser como à sombra de qualquer sonho de mocidade
Ser o anjo cuja alma iria adoecer sobre a onda arfante
Se o tremulo de uma febre alheia
Não ousasse repousar sobre a caixa das incontáveis batidas do meu ser
 
Mas falta-me ou faltou-me o sopro divino da fraqueza
Nego tudo que é externo para não ser dependente do ar
Tenho tudo que me basta
Basta-me tudo que não tenho
 
Mais vale uma taça com apenas o aroma do vinho
Que uma bengala que necessita de uma mão qualquer para se manter de pé

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Mentira?

O gênio esquecido não pôde mais realizar desejos

E hoje é mais um habitante morrendo de fome
Doemos nossas moedas de ouro pela tua salvação
Doemos nossas vidas e instintos pelo teu perdão
Oremos pelo teu retorno, pois aguardamos tua Bênção  

Helena

Porque dizer adeus?
Se os olhos ainda sangram
Porque negar as batidas do peito?
Porque a virtude não me faz efeito?

O arco de íris nos foge
Onde estás teu véu ó helena?

A corda que nos leva á fênix é feita de gin
E descansa junto ao mel no fundo do poço,
À noite não me afoga
O fogo não me sufoca
Mas esta luz não tem fim