Banhe-me Orfeu,
Pois meus olhos sangram
E meu corpo carece do imaginário
Há um nó em minhas veias
Cujo minhas mãos atrofiadas
Rompem-se ao tentar desfazer
Onde estão os devaneios?
Talvez os sonhos estejam adormecidos
Ou aprisionados pelo real,
Pois na mente de toda existência
Habita algo torpe e insaciável