sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A Criatura

Sorriu assustada a pobre criatura solitária
Ao encontrar seu semelhante,
Aos berros indecifráveis
O eco confuso vagava pelos cantos da própria
Loucura tentando repousar,
Mas já era de virar a ampulheta,
E assim se foi um luar sem a divina lua.

Oh mas para onde foram os abutres,
Talvez até a morte se canse,
E assim a criatura prolifera,
O riso se torna fera
E o eco quase não pode mais falar,
Mas já era hora de virar a ampulheta,
E assim se vai um dia ensolarado sem o divino sol.

A criatura agora não sabe diferenciar a própria sombra,
A chama que dança lhe assombra,
E tudo que queria era o silêncio escutar,
Mas este assim como o eco partiu para bem longe,
Para onde a criatura não pode alcançar.






Nenhum comentário:

Postar um comentário