Abro as feridas que não fecham para monólogos de solidão em um divã com minha sombra,
as lágrimas surgem junto ao sol e se vão antes dele,
para que a penumbra não afete o já afetado,
não sou apenas eu,
não é apenas uma voz que recita dores
não sou apenas eu,
mas o que serei ao ultimo toque desta sinfonia fúnebre?
outrora haviam ombros, hoje apenas ópio
outrora tragava com a chama apagada,
agora queimo meus dedos esperando o que não chega...
mas já vejo a hora derradeira, rasgando os céus e levando minha companheira,
doce camaleão da paisagem universal...
lhe aguardo em nossa próxima sessão;