Fechei todas as esquinas,
mas restaram brechas
mesmo aparando arestas
sempre à um galho a se rebelar
assassinei todos meus demônios
não sobrou-me nada
nada de bom
que eu possa cultivar
semeio agora todos os meus sonhos
e palavras ocultas
para não trazer de volta
todas as minhas doces loucuras
que querem me assassinar
ao final do arco íris
quero a permuta
pra que não volte a declinar
quero pescar borboletas
no ácido do meu estomago
e que a chaga saia dos escombros
e volte a palpitar