Minha alma agora se torce, balança suas chamas como Rintrah no ar carregado, faminta do que o corpo
carece, penas de arco-íris não necessitam de prece, ergo com demasia meus olhos
à procura do que me valha a visão, enquanto a alma dança por entre músculos e veias de sua extensão eu salto para
o segundo circulo de ilusão, neste vale de vento espero que nenhum vento venha
me servir, pois não ei de crer no rei do sonho alheio, oh já posso ver ao longe
Minos e tua serpente vindo a espera de
uma confissão, pobre de ti semi deus e cavalheiro, tem como ofício ser juiz e
porteiro e de tua prisão não pode se libertar, será piada eterna para as
hienas, pois um banho pôde lhe matar, hei de mentir para ti, pois minha
sanidade foi quem enlouqueceu, foi ela quem adoeceu, sucumbiu, não há porque se
confessar, fugi acompanhado de uma canção, que falava de um leão, que se perdeu
para tentar se encontrar, penso, não será este o meu lugar? Um banho no estige
para tentar se lembrar.
Junto a alma o corpo se acalma, pago as moedas e
podemos retornar, saímos da toca do coelho, com todos os segredos, mas de tudo
nada posso me lembrar
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