domingo, 26 de janeiro de 2014

Gatunos de ternura

Há um carrossel de urubus a minha volta
Sedentos pelo declínio de minha estrela
Lenhadores, lavradores pueris

Gatunos de ternura
Levando o próprio fardo moribundo
Envenenados pelo próprio veneno

Seres de insaciável fome
Sangue sugas que não merecem o nome
Homicidas servos da ilusão
Sem céu, ombro ou coração

eternos caçadores da própria extinção

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