O sol é noturno
Na realidade ébria,
É taciturno
Errante na trilha das lacunas
Quero lembrar-me de esquecer
Que o desprezo é meu amante,
Que a cinza agora é negro
No desejo torpe constante
Ó se eu me lembrar:
Traduzirei o canto oculto do ar,
Dançarei onde o tempo não pode passar,
Deitarei ao lado das bruxas
No véu dos meus sonhos,
Pois é lá onde elas não me queimam
Mas se o acaso cair sobre meu leito
Antes que Apolo possa me tocar
Mostre-me o caminho para o tártaro
Pois se nada existe
é lá o meu lugar
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