sábado, 7 de setembro de 2013

Poeta

Minha cabeça é um interminável poema, não sei outra língua se não a divina das musas. Sou poeta, só poeta, nada tenho e nada me deram, não me calo, o mundo ouvira minha voz, ela ira alcançar o escuro céu e o claro inferno, soara meus versos e meu nome, honrarei Alves, Assis, Pessoa, Barreto, Bocage, etc. estes, eternos inquilinos de meu peito.
Da saudade e da dor sou porta voz, extraio dos sonhos o melhor dos teus aromas, do sorriso, dos olhos e da pele das rosas alheias me tornei escravo. O sentimento é como a arte, e ambos são recebidos da forma como são entregues, deve se viver intensamente, se entregar loucamente, para assim poder ter sentir, sentir o sentimento verdadeiro, para então assim ver por entre a porta.
Sinto o mundo com a força das linhas de meu caderno, com a força da tinta que desenha minha voz, tinta que desenha a beleza tal como é, meus olhos são dois telescópios e só podem enxergar além.
O pai me ignorou a arte e as palavras, olhos e abraços, lançou-me ao vento, mas nem isso foi capaz de calar o meu dever, nada pôde e nada vai me calar, antes a morte que a desonra. Nasci somente para sofrer e sofro somente para amar. Nasci poeta e poeta morrerei.

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