domingo, 16 de junho de 2013

Meu Senhor

Humilhado, fui eu ó meu senhor

Tratado como bruxa

Queimado em praça publica

Como manda vosso dever

Sem ao menos o direito de dizer

“eu não fiz nada ó meu senhor!”



Rejeitado, também fui ó meu senhor

Negado pelas plantas, Pela sombra de uma infanta



E até mesmo as lágrimas despediram-se de mim



Junto à lama me juntei

E aos berros supliquei

“pare, por Deus oh meu senhor”



Sobre este chão ainda repousa meu sangue

Tão vermelho quanto os olhos do demônio

Que por seus “cinco minutos” de ira me teve em seus braços



Fato que quase me levou

Pergunto-me, porque ó meu senhor?



Ó, mas para o consolo da alma, a tragédia é mãe,

Mãe de toda a beleza, e um dia ai de me alegrar








 

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