quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Nuvens e lamentos

Da tormenta incessável de nuvens e lamentos, vulcões blasfemam seus pratos em cores distintas, regurgitam suas almas trêmulas ao canto das aves a cada crepúsculo diurno, despejam suas ânsias em criaturas vãs, mas repletas de ingratidão.Miséria, loucura, abraçar a vida em último anseio e ouvir teu suspiro derradeiro  dizendo: por Deus não creio...Não há devaneios que possam suprimir o eco, a folhagem moribunda sobre a face é o mais próximo que se pode chegar da vida.Já foi torpe ouvir o  toque da trombeta, mas a sinfonia não cessa...as valkirias largaram suas espadas e vivem agora de orgias e com pressa, mesmo nao querendo ir a lugar algum.Debalde os olhos se oprimem, lágrimas de mel desnatado de abelhas deprimidas realizam sonhos mórbidos de vida, e o tempo assim segue, sem fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário