Vagamos em
um novo limbo que agora tem mobilha e habitantes, nossas sombras nos seguem,
mas agora por maldição e mesmo assim se negam a repetir o que fazemos, somos
nós os prisioneiros escassos de virtudes descartáveis, somos nós as flores
malditas de um jardim esquecido. Nossas vontades são fúteis e nossas grandezas pequenas,
quem dorme tem medo e quem acorda foge do imaginário , quem come mata, fortes e
corajosos são os que morrem de fome, pois mostram os dentes para o sol e
blasfemam para toda nuvem sem forma.
Oh sol
porque tarda a nos queimar, oh lua porque não congela nossas almas de uma vez,
somos incapazes de sermos livres de toda forma, o fim talvez seja um novo
começo ou apenas uma miserável repetição de dores que se moldam para nos
apunhalar dia a pós dia.
A noticia de
hoje é morte e seqüestro, corrupção e tudo mais que não presta, mas eu lhes
pergunto; essa não era a noticia de ontem e de antes de ontem, de anos atrás?O
novo parece tão ilusório quanto unicórnios e a salvação divina. E a ampulheta
torna a girar.
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