terça-feira, 21 de março de 2017

Oh minha doce pátria


Oh minha doce pátria embalsamada em miséria e desgraça,
Onde estão os filhos do solo gentil?
Onde está a gentileza?
Outrora no teu seio nasciam frutos,
Mas agora teus frutos não deixam que teus filhos nasçam,
Oh minha doce pátria,
Tuas aves soberanas foram extintas
E as que sobraram são como ratos e se alimentam de mim,
E assim logo serei extinto.
Oh minha doce pátria,
O teu crescimento é o maior declínio
Tua sede é seca,
E tua fome se alimenta de nós.
Oh Deus!
Onde baterá tuas asas agora?
Onde cantará teu coro?
Talvez tenha desistido de nós,
Eu também desistiria...
A culpa é mera ilusão,
Mas ainda assim me faz chorar.
Sou um cão de testes indo ao psiquiatra,
A dose é forte demais,
Já não lembro meu nome.
Onde estas tu pátria amada?
Ergui teu castelo e agora sou flechado;
Por um guarda cego que outrora beijou minha mão,
Outra foi meu irmão,
Mas agora... Mas e agora?

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