sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Sombra no divâ

Queria ver-me com o brilho dos teus olhos
Pois somente estes ainda me enxergam com vida

Debalde minh’alma chora
Enquanto o ópio definha meu sangue
Como posso fugir de mim?
Onde estão os aromas que outrora coloriam o vento?
Onde está aquele sentido que outrora me previa do mal?

Suicido-me no canto mais limpo de minha mente
Adeus dor que já me foi pele
Adeus vontade que agora se repele

Deito minha própria sombra no divã
Para que os olhos negros possam alcançar o arco-íris
És livre a água que se salva do poço
És novo, e como a nuvem, cria nova forma

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