sábado, 20 de dezembro de 2014

Meu desejo de morte

Meu desejo de morte
É minha fome,
Meu verdadeiro amor,
Meu desejo de morte
É a lembrança do teu néctar
Do teu ardor

Esta chaga em meu peito
Cresce como grama
Na terra prometida
Mas onde estão as promessas?
Onde estás frondosa pepita?

Quem aquecerá o leito?
Quem moverá o peito?
Quem regará a rosa
Que será borboleta?

O mel dos beijos de outrora
Ainda dormem ao véu do luar
Ainda é seu este céu estrelado

Frondosa pepita onde estás?

Logo eu, filho do trágico
Vejo na tragédia a tua paz
Enquanto este pássaro negro
Canta-me: o passado nunca mais

Nenhum comentário:

Postar um comentário